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Sem temer golpe, PT prevê mais 30 anos de Chávez

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Secretário-executivo do Foro de São Paulo e dirigente nacional do PT, Valter Pomar diz que "no curto prazo, esperamos que Chávez se restabeleça e esta situação [Venezuela sem Hugo Chávez] não ocorra pelos próximos 20 ou 30 anos, pelo menos". Em entrevista ao portal Terra, ele disse que "as instituições e a democracia são fortes na Venezuela"

247 - Mais 30 anos de Hugo Chávez na Venezuela? Essa é a projeção do Partido dos Trabalhadores, segundo Valter Pomar, secretário-executivo do Foro de São Paulo e dirigente nacional do PT. Questionado em entrevista publicada pelo portal Terra sobre qual seria o impacto, na visão do PT e em relação ao Brasil, de uma Venezuela sem Hugo Chávez, Pomar fez uma projeção bem otimista diante do estado de saúde do presidente venezuelano: "No curto prazo, esperamos que Chávez se restabeleça e esta situação não ocorra pelos próximos 20 ou 30 anos, pelo menos".

O dirigente petista disse ainda que não espera nenhum tipo de problema caso Chávez morra nos próximos dias. "As instituições e a democracia são fortes na Venezuela, o PSUV e seus aliados são hegemônicos, os setores aventureiros e provocadores da oposição parecem minoritários", disse. Em seu blog, Valter Pomar reproduziu a íntegra da entrevista. Leia:

Entrevista concedida ao Portal Terra

1. Como o PT está acompanhando a doença do presidente venezuelano, Hugo Chavez?
O presidente Hugo Chávez é um aliado do Brasil, do governo Dilma e do PT. Além disso, é amigo pessoal de várias pessoas da esquerda brasileira. Acho que isto responde a tua pergunta.

2. As lideranças do partido recebem, de alguma maneira, notícias periódicas sobre a saúde de Chávez? Se sim, quais lideranças estão mais próximas do assunto e de onde chegam essas notícias?
Acompanhamos através de vários canais: grande imprensa, blogosfera, embaixadas, governos, contatos partidários e pessoais. As fontes e os contatos são múltiplos, aqui e lá.

3. Há algum tipo de temor por parte do partido ou do governo brasileiro quanto à quebra institucional na Venezuela? Esse temor viria de uma divisão entre os chavistas ou de uma tentativa de golpe da oposição?
Não há temor algum. O governo venezuelano, o Pólo Patriótico e o PSUV estão unidos, em torno das orientações recebidas de Chávez antes de ir para Cuba. E a oposição está dividida, com um setor importante consciente de que a chamada revolução bolivariana é um processo político-social muito consistente, que não depende nem se resume a uma pessoa, por mais importante que seja. Motivo pelo qual acho difícil que eles embaruem numa aventura. Claro que sempre haverá uma minoria tresloucada e provocadora, mas isto está precificado.

4. Qual é a melhor solução para a Venezuela num momento em que o dia da posse se aproxima e o presidente eleito parece não ter condições de saúde para assumir o cargo?
A melhor solução está prevista na Constituição e será adotada pela Assembléia Nacional venezuelana.

5. Qual seria o impacto, na visão do PT e em relação ao Brasil, de uma Venezuela sem Hugo Chávez?
No curto prazo, esperamos que Chávez se restabeleça e esta situação não ocorra pelos próximos 20 ou 30 anos, pelo menos. No médio e longo prazo, isto obviamente vai ocorrer. E na nossa opinião, o que deve ser considerado é a solidez econômica, social, institucional e cultural das mudanças que vem sendo implementadas desde 1998. Na nossa opinião, são mudanças sólidas o suficiente, para prever que as relações estratégicas entre Brasil e Venezuela continuarão muito intensas, no mesmo rumo atual.

6. O PT avalia que haverá algum problema durante a transição de governo caso Chávez não se recupere para presidir o país? Se sim, que tipo de problema? Se não, por que será uma transição tranquila?
Como disse, nossa desejo, torcida e esperança é que Chávez se restabeleça e cumpra seu mandato. Caso isto não ocorra, não esperamos nenhum tipo de problema. As instituições e a democracia são fortes na Venezuela, o PSUV e seus aliados são hegemônicos, os setores aventureiros e provocadores da oposição parecem minoritários.

7. O vice-presidente, Nicolás Maduro, tem mantido contato com o governo dos Estados Unidos. É possível que haja maior aproximação entre Venezuela e EUA num futuro pós-Chávez?
Não tenho informação sobre contatos recentes entre os governos da Venezuela e dos Estados Unidos. O que lembro é que Hugo Chávez disse, na campanha eleitoral presidencial, que se fosse eleitor nos EUA votaria em Obama. Portanto, é óbvio que da parte da Venezuela há disposição para uma aproximação. Quem não parece querer manter uma relação normal é o governo dos EUA. Os gringos é que precisam decidir se vão normalizar ou não as relações com a Venezuela.

8. O Mercosul, que incorporou oficialmente a Venezuela em 2012, pode ser afetado de alguma forma com uma mudança na presidência venezuelana?
A integração da Venezuela ao Mercosul é uma decisão de Estado, não de governo. Logo, independe de quem governo o país.

 

Tolmasquim: estrutura do país afasta risco de racionamento

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Presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim garante que o Brasil tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia. Segundo ele, a situação atual é "totalmente diferente" da que ocorreu no país em 2001, quando houve apagão e o consequente racionamento

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O país tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia, disse hoje (8), em entrevista coletiva, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Ele esclareceu, porém, que, apesar disso, está sendo feito o acompanhamento dos "ciclos da natureza", referindo-se  à questão das chuvas.

A situação atual é "totalmente diferente" da que ocorreu no país em 2001, segundo o presidente da EPE, quando houve um "apagão" de energia e o consequente racionamento. Àquela época, segundo ele, não havia uma quantidade de usinas térmicas de reserva suficiente para funcionar como uma espécie de seguro ou "colchão" do sistema elétrico.

"É o ponto que faz a diferença e que permite ter uma certa tranquilidade", disse. Tolmasquim acrescentou que "naquela ocasião, não tinha entrado uma quantidade de oferta de energia nem de linhas [de transmissão]".

Tolmasquim relacionou a expectativa de tranquilidade para este ano à entrada prevista de 9 mil megawatts (MW) de capacidade nova de geração ao longo do ano. O destaque são as usinas hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, que adicionarão ao sistema elétrico nacional mais de 3 mil MW. As usinas hídricas correspondem a 40% dos 9 mil MW.

Novas usinas térmicas também estão programadas, representando 2,5 mil MW, ou cerca de 30% do total previsto. O restante são usinas de fontes renováveis, com ênfase para eólicas (energia dos ventos). Em linhas de transmissão, serão implantados 10 mil quilômetros durante o ano.

"Essa diferença estrutural é uma situação distinta da que ocorreu em 2001", sustentou. Continuou assegurando que hoje, ao contrário daquela época, o país tem um planejamento instalado no setor, leilões de expansão da geração e de transmissão e ainda um comitê de monitoramento do setor elétrico que se reúne mensalmente e envolve agentes do setor, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia.

A expansão das obras em curso no país e a questão da segurança são temas de discussão permanente, garantiu. O comitê se reúne amanhã (9), em Brasília.

Tolmasquim disse que as usinas térmicas dão segurança ao sistema, mas reconheceu que sua utilização é cara. Ele garantiu que ainda há uma margem de manobra envolvendo 1 mil megawatts de térmicas de combustíveis fósseis que ainda não foram despachadas por motivos diversos, entre eles a importação de gás.  "O que está entrando é uma coisa planejada. Não é uma coisa emergencial. A situação está sob controle." O presidente da EPE reconheceu, entretanto, que seria melhor se o período de  chuvas já tivesse começado.

Em relação às tarifas de energia, Tolmasquim explicou que a queda de 20%, que entrará em vigor em fevereiro, poderá ser afetada por fatores conjunturais, levando a redução a ser maior ou menor. Para ele, as avaliações feitas pelo governo sobre o cenário atual e as séries históricas dão tranquilidade ao setor.

Dados fornecidos por Tolmasquim mostram que, de 2001 a 2012, a capacidade instalada de geração de energia cresceu 75% no Brasil. Houve aumento de 150% na capacidade instalada de termelétricas, excluindo usinas a biomassa e nuclear. Cerca de 85% dessa expansão ocorreram nos últimos dez anos.

No mesmo período, a capacidade instalada de transmissão evoluiu 68%, "também um valor bastante expressivo". Diferentemente do que sucedeu na época do racionamento, também aumentou em 80% a capacidade de o Sul  fornecer energia para as demais regiões.

Ao mesmo tempo, triplicou a capacidade de o Nordeste, onde as previsões são de menor volume de chuvas,  importar energia  de outras regiões, informou. "O Nordeste ficou menos vulnerável porque pode contar com as outras regiões".

Antes de 2001, implantavam-se em média no Brasil 1 mil quilômetros de linhas por ano. Nos últimos dez anos, o presidente da EPE  disse que a média tem sido de 4,3 mil quilômetros de linhas de transmissão implantadas por ano.


 

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